18 de jan. de 2009

E a guerra?

Não, eu não fui mandada por engano [ou não] junto com os mantimentos da ONU para os refugiados da Palestina na faixa de Gaza. Para a infelicidade de alguns. Apesar de ser uma vestibulanda (segundo meu Aurélio imaginário: subs. Relativo a pessoas do sexo feminino aspirantes a uma vaga no ensino Superior, cuja sanidade é frequentemente questionável e cujas preocupações se resumem a Polímeros, isômeros ópticos cis-trans, polinômios, revoluções Francesa e Industrial, conquistas de Alexandre, o Grande e afins. Ocasionalmente desprovidos de vida social.), arrumei algum tempo para acompanhar a troca de gentilezas entre Israel e os isômeros da Jordânia (desculpem a piadinha infâme, ainda não superei essa fase).

Não é de agora que a tensão na faixa de gaza me interessa. Um local onde a maioria dos povos vive numa corda bamba, em constantes tréguas temporárias entre guerras desde antes do meu nascimento (e conseguem perdurar a situação até meus quase completos 18 anos, e provavelmente mais) não poderia passar despercebido.

Voltando ao conflito atual, eu fiz questão de ouvir vários pontos de vista sobre o assunto. Alguns concordam em totalidade com o Hamaz, alguns condenam Israel por sua reação exagerada, mas não concordam com a intransigência dos palestinos, e alguns (cito aqui Diogo Mainardi, em especial, por ser alguém cujas opiniões sempre me interessaram muito) não vêem reação exagerada em Israel, pois acham claro que a intenção do Hamaz é dizimar Israel, faltando-lhes apenas poder bélico.

Particularmente, eu me encaixo em partes no segundo grupo. Os dois lados possuem falhas graves, entre elas o fanatismo, a visão unilateral e, principalmente, o ódio acumulado por séculos. É óbvio que não houve qualquer fato acidental nos ataques ao estoque de mantimentos para os refugiados Palestinos ocorrido recentemente. O ódio rnvolvido nessa guerra transcendeu os campos de batalha há muito tempo. Sejam as alegações dos líderes polítos quais forem, a meta de um povo é a extinção do outro.

Há algum tempo, eu não conseguia entender o que levaria um povo em visível desvantagem como os palestinos a insistirem nessa guerra. Lembro-me sempre de uma conversa com um amigo meu, e cito aqui alg que ele falou: não há coragem alguma em morrer nessa luta desigual. O que há é fanatismo religioso. como você ameaça um povo para o qual a guerra é uma bênção e morrer lutando pela sua terra Santa é a melhor maneira de garantir seulugar no céu? Um povo pretende matar, e o outro pretende morrer. Essa guerra está muito longe de acabar.

Penso muito nessas palavras, e ainda não achei qualquer solução. A religião é um tumor cancerígeno que parece existir na humanidade desde os primórdios, e se propagou como uma característica evolutiva vestigial (Richard Dawkins diz).

Se essa guerra terminará com uma bomba atômica de Israel ou com um acordo pacífico, é difícil prever, muito embora eu aposte no primeiro. Só posso esperar que existam mais alguns milhares de ateus no mundo depois disso.

Um comentário:

nana disse...

Nanda, acho que a questao eh muito mais economica do que religiosa, a religiao, como sempre, eh usada como desculpa para acoes que ao meu ver sao ridiculas de mesquinhas, Israel esta errado. E a Palestina tambem.
Sem defender ninguem, essa eh mais uma daquelas guerras em que um fica revidando no outro, sem saber ao menos o porque de se baterem. Sobre o Richard Dawkins, sempre que leio alguma coisa dele sinto que existem outras pessoas que pensam como eu, mas tambem acho que a religiao eh necessaria, porque droga por droga, prefiro as legais.