4 de out. de 2008

E o mundo, fica como?



Tudo bem que essa pergunta tem um quê de proposta de redação (e, bom, para ser bem sincera, em alguns aspectos, ela de fato o é), mas é algo que eu tenho me perguntado muito constantemente.

A formação de blocos entre países próximos, para mim, sempre foi um mal presságio. E a história mundial mostra-o bem fundamentado. Foi assim antes das primeiras grandes guerras: Cada qual procurando alguém com interesses semelhantes para se apoiarem mutuamente, e apenas esperando o estopim para atacarem o bloco rival.

Mudando para o contexto atual, o que se vê agora? Europa tentando aprovar uma única Constituição para todo o continente, enquanto a França denuncia leis de caráter xenofóbico; os EUA e a Rússia se armando até seus respectivos pescoços e até a América Latina entrou na dança, tentando aprovar uma espécie de OTAN sul-americana. Com tantos conflitos já acontecendo (iraqueafeganistãogeorgia e etc etc etc), eu me pergunto qual será o estopim para a terceira guerra mundial.

Remetendo à pergunta-título: e o mundo, fica como? Tenho minhas incertezas quanto a ele agüentar um novo conflito mundial. Com armas de maior poder de destruição e pessoas cada vez mais frias e individualistas, onde isso pode culminar?

Agora, em época de eleições, ser alguém solidário e preocupado com o próximo virou quase uma plataforma eleitoral, quando deveria ser uma característica básica de cada ser humano. E se a tendência é o descaso, este se aplica também ao mundo em que vivemos. Só não dá para adivinhar, ainda, se acabaremos em guerra ou em esgotamento de recursos naturais.

Lembrei de algo que minha mãe disse esses dias: o ser humano apresenta uma história extremamente cíclica. Tememos o mundo, até conseguirmos entendê-lo.. Então, julgamo-nos seres superiores. Daí a nos sentirmos no direito de destruí-lo, é um passo. E então passamos a temê-lo novamente. E o ciclo se repete.

No final das contas, o mundo fica. Não importa como, mas o mundo sempre fica. Quem corre o risco de ir somos nós, pois parece que o nosso tempo não aguentará muito mais.

De resto, bom domingo-de-eleições a todos.